Sobre fazer junto, ou dos coletivismos
É chover no molhado dizer que fazer em grupo é bem mais fácil do que fazer sozinho. É?
A famosa máxima punk Do it yourself foi substituída pelo Do it together por boa parte dos idealistas do final dos anos 70, ainda que seja um modelo de negócio independente, por assim dizer.
O lema punk DIY trouxe a necessidade de fazermos por conta própria, sem ficar esperando a banda passar. Essa atualização, o DIT, leva em consideração um tempo em que já não há utopias coletivas, as que levaram ativistas para as ruas até o final do século XX.
Mas este é um tempo de redes, sejam sociais, ou não. Vejo a experiência bem sucedida de alguns grupos, mesmo que não goste deles, como em Goiânia e Cuiabá (é certo que o trabalho coletivo no universo capitalista acaba por ser tornar um negócio, muitas vezes). O princípio é simples, pessoas que têm interesses parecidos se unem para conseguir concretizar seu trabalho. Funciona.
Apesar disso, tenho experimentado em muitos ambientes o trabalho coletivo de mentira, o que finge que é todo mundo junto, mas na verdade é cada um fazendo por si mesmo, para ser famoso e aparecer no jornal. Não funciona.
Para ler:
Experiências conhecidas
Comentários
Adriano.
O resultado é a reprodução da ideologia vigente, que é misógina, homofóbica, anti-periferia.
E vanguarda, parece, é usar a tecnologia da moda da última semana. Busca por reconhecimento, fama e glória, definitivamente não é fazer revolução.
Adriano.