Meu textinho na Revista SAMBA
Florinda, a linda
Florinda, a linda, queria ser uma mulata sargenteli, mesmo morando numa cidade doente do pé, ou ruim da cabeça se preferir. O carnaval por aquelas bandas só acontecia pela TV, apesar disso toda aquela euforia parecia ser uma experiência vital e uma vocação para Florinda.
Um dia aconteceu um convite para um carnaval na terra do axé. Tudo certinho, iria para as Minas Gerais e de lá partiria ao encontro do seu destino. Mas uma chuva torrencial que durou dias acabou com todas as pontes para o seu sonho e ela teve que voltar para casa sem nem mesmo tirar a fantasia da mala.
Tudo bem, “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. No ano seguinte partiu para um novo destino: um carnaval tradicional numa cidade histórica. A mesma euforia da primeira vez tomou conta da mulata de vocação e ela foi. Ao chegar na cidade, descobriu que um dia antes as autoridades do patrimônio histórico cancelaram a festa porque os decibéis de alegria estavam abalando literalmente as estruturas dos prédios tombados.
Nos anos seguintes a saga se repetiu: caxumba, a morte da mãe, o nascimento do filho, um acidente de carro, um canal mal feito, o casamento do irmão...
Até que ela entendeu e aceitou. Seu carnaval imaginário foi o mais lindo em que alguém jamais esteve.
(demorei, mas cá está)
Clique aqui para mais SAMBA.
Florinda, a linda, queria ser uma mulata sargenteli, mesmo morando numa cidade doente do pé, ou ruim da cabeça se preferir. O carnaval por aquelas bandas só acontecia pela TV, apesar disso toda aquela euforia parecia ser uma experiência vital e uma vocação para Florinda.
Um dia aconteceu um convite para um carnaval na terra do axé. Tudo certinho, iria para as Minas Gerais e de lá partiria ao encontro do seu destino. Mas uma chuva torrencial que durou dias acabou com todas as pontes para o seu sonho e ela teve que voltar para casa sem nem mesmo tirar a fantasia da mala.
Tudo bem, “levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. No ano seguinte partiu para um novo destino: um carnaval tradicional numa cidade histórica. A mesma euforia da primeira vez tomou conta da mulata de vocação e ela foi. Ao chegar na cidade, descobriu que um dia antes as autoridades do patrimônio histórico cancelaram a festa porque os decibéis de alegria estavam abalando literalmente as estruturas dos prédios tombados.
Nos anos seguintes a saga se repetiu: caxumba, a morte da mãe, o nascimento do filho, um acidente de carro, um canal mal feito, o casamento do irmão...
Até que ela entendeu e aceitou. Seu carnaval imaginário foi o mais lindo em que alguém jamais esteve.
(demorei, mas cá está)
Clique aqui para mais SAMBA.
Comentários