A volta dos bregas e Waldick
Fui criança num tempo em que não existia rádio FM e eu ouvia Zé Bétio todo dia antes de ir para a escola e, de tarde, o programa do Barros de Alencar. Todos os clássicos do brega foram a trilha sonora daquele tempo da minha vida. Sabia (e acho que ainda sei) de cor todas as músicas do Ovelha, Trio Los Angeles, Rosana, para citar os mais trashs, do Odair José, Roberto Carlos, Amado Batista, Wando, Waldick Soriano... A lista é enorme.
Quando fiquei adolescente, esses nomes eram o que tinha de menos cool a se citar por aí. Universitários achavam que era cultura de massa para emburrecer o povo. Os descolados achavam apenas brega mesmo.
Vivemos agora o tempo de trazer à tona de novo (odeio essa história de resgate, parece que estavam todos náufragos, ou algo assim) todos esses que fizeram a música popular brasileira, mas dessa vez à maneira cult. Agora é in gostar de brega, vai entender. Eu, na verdade, nunca deixei de gostar, apesar de ouvir muito pouco nos últimos anos.
São inúmeras homenagens e discos de tributo feitos por moderninhos de plantão. Já fizeram o Rei, tributo a Roberto e Erasmo Carlos, com Chico Science, Skank, Barão Vermelho; o REIginaldo Rossi, com Mundo Livre, Lenine, Comadre Florzinha, Loop B; Vou tirar você deste lugar, tributo a Odair José, com Jumbo Elektro, Mundo Livre, Los Pirata.
Antes de falecer, no dia 4 de setembro, Waldick Soriano teve um show seu gravado num DVD, numa produção de responsa assinada pela atriz (e agora, diretora) Patrícia Pillar.
Neste fim de semana, foi a vez do Canal Brasil fazer uma homenagem ao cantor, exibindo o longa-metragem "A Paixão de um Homem" (1972), do cineasta Egydio Eccio, que traz Waldick Soriano no auge de sua carreira de cantor. O filme é uma espécie de faroeste, em que Waldick é expulso da casa do pai, suspeito de roubo, e vai para o sul tentar a carreira artística. Após sua aparição na Buzina do Chacrinha, com a música que dá título ao filme, consegue um contrato com uma gravadora e acaba virando grande celebridade nacional. No filme tentam criar uma lenda sobre o seu hábito de usar óculos escuros (ele estaria com olho roxo no dia da apresentação no Chacrinha depois de uma briga). Ao mesmo tempo que a história se desenrola no Rio de Janeiro, vemos as dificuldades que a família dele passa em Caitite por conta do "irmão malvado". Deve ter algo de biográfico, mas o filme segue bem o modelinho nacional das histórias com músico famoso feitas na época. Gostei de ter visto.
Trechinho da Buzina do Chacrinha, que aparece no filme "A Paixão de um Homem"
Quando fiquei adolescente, esses nomes eram o que tinha de menos cool a se citar por aí. Universitários achavam que era cultura de massa para emburrecer o povo. Os descolados achavam apenas brega mesmo.
Vivemos agora o tempo de trazer à tona de novo (odeio essa história de resgate, parece que estavam todos náufragos, ou algo assim) todos esses que fizeram a música popular brasileira, mas dessa vez à maneira cult. Agora é in gostar de brega, vai entender. Eu, na verdade, nunca deixei de gostar, apesar de ouvir muito pouco nos últimos anos.
São inúmeras homenagens e discos de tributo feitos por moderninhos de plantão. Já fizeram o Rei, tributo a Roberto e Erasmo Carlos, com Chico Science, Skank, Barão Vermelho; o REIginaldo Rossi, com Mundo Livre, Lenine, Comadre Florzinha, Loop B; Vou tirar você deste lugar, tributo a Odair José, com Jumbo Elektro, Mundo Livre, Los Pirata.
Antes de falecer, no dia 4 de setembro, Waldick Soriano teve um show seu gravado num DVD, numa produção de responsa assinada pela atriz (e agora, diretora) Patrícia Pillar.
Neste fim de semana, foi a vez do Canal Brasil fazer uma homenagem ao cantor, exibindo o longa-metragem "A Paixão de um Homem" (1972), do cineasta Egydio Eccio, que traz Waldick Soriano no auge de sua carreira de cantor. O filme é uma espécie de faroeste, em que Waldick é expulso da casa do pai, suspeito de roubo, e vai para o sul tentar a carreira artística. Após sua aparição na Buzina do Chacrinha, com a música que dá título ao filme, consegue um contrato com uma gravadora e acaba virando grande celebridade nacional. No filme tentam criar uma lenda sobre o seu hábito de usar óculos escuros (ele estaria com olho roxo no dia da apresentação no Chacrinha depois de uma briga). Ao mesmo tempo que a história se desenrola no Rio de Janeiro, vemos as dificuldades que a família dele passa em Caitite por conta do "irmão malvado". Deve ter algo de biográfico, mas o filme segue bem o modelinho nacional das histórias com músico famoso feitas na época. Gostei de ter visto.
Trechinho da Buzina do Chacrinha, que aparece no filme "A Paixão de um Homem"
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