O melhor de Charles Bronson



Eu sou de uma geração que conheceu o ator Charles Bronson na interminável série de cinema Desejo de Matar. Um cara grosso, que buscava vingança. Símbolo do macho "sala especial", que usava meia marrom e sapato vulcabras.
Faz pouco tempo que descobri um outra faceta do ator, num gênero que eu nunca gostei muito: o western. Talvez por uma brincadeira pessoal, já que hoje eu moro no oeste, comecei assistindo ao clássico Era uma vez no oeste, que traz um jovem Charles Bronson cheio de talento. Um personagem encantador, em seu silêncio de cavaleiro de uma terra sem lei.
Mas foi em A Dama e O Proscrito, em inglês From Noon Till Three, que ele me encantou. Nessa comédia de 1976, ele faz um integrante de uma gangue de assaltantes de banco do velho oeste, que se afasta da turma e acaba na casa de uma senhora viúva. No joguinho de ameaças e auto-defesa que se desenrola, acaba surgindo uma paixão avassaladora nas três horas em que permanecem juntos, já que seus companheiros voltariam para buscá-lo. Mas ele recebe a notícia de que foram presos e que seriam enforcados e, mesmo resistindo, acaba indo salvá-los e é dado como morto após um confronto com as autoridades locais.
Não vou entrar em detalhes maiores para não estragar a história, que é divertidíssima, mas mais um detalhe é fundamental. A amante, ao achar que o amado estava morto escreveu um romance, o que dá nome ao filme em inglês, que se chama Do Meio Dia às Três, contando a história de amor dos dois. O livro vira um best-seller internacional. O resto do filme se passa com o sucesso do romance e o personagem de Bronson tentando provar que não morreu.
Diversão garantida. Charles Bronson me surpreende mais uma vez.

Comentários

Anônimo disse…
Olá.
Gosto dos seus textos.
Abraço luso.
Anônimo disse…
E o filme, onde você conseguiu? Na 104 Sul, aquela locadora que você e Katja me recomendaram?

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