The void
O avião quebrou um pouco antes do embarque, “algum defeito técnico que não causaria problema grave no ar, mas precisa ser reparado”, diz o atendente no balcão do aeroporto.
Uma hora de atraso, esperando a solução que veio na forma de outra aeronave. “Uma nave do ar”, pensei.
O clima chuvoso causou certo desconforto turbulento no caminho. Algum nervoso do fundo do avião gritou “eita estrada cheia de buraco”, para tentar descontrair.
Eu olhava pela janela, era noite e pontos luminosos eram possíveis de ser vistos em toda a parte na superfície do planeta, que eu via de cerca de dez quilômetros de distância.
Olhei um pouco mais para cima e vi os raios de uma chuva distante, mas à altura dos meus olhos.
A luz dos raios se coordenava com a iluminação das cidades. “Energia em toda a parte”, disseram os disparos elétricos na minha cabeça.
Comentários