Dos incivilizados
A cada dia que passa me convenço mais de que o bom mesmo das minhas raízes ancestrais é o que trago de incivilizado e terceiro mundista. O lado ruim (péssimo) é a pobreza, o estar à margem. Mas é um orgulho ser decendente de nações avançadíssimas em relações sociais e em (termo da moda do momento) sustentabilidade.
Acho engraçado ouvir que os índios eram incivilizados, porque, pelo que bem sei da cultura cristã, a superstição que trazemos na nossa cultura veio da Europa. Semana passada li num jornal a origem da expressão "vai tomar banho", que é um bom exemplo da nossa civilização primitiva diante dos colonizadores (achei essa explicação na internet, mas não encontrei a referência do autor):
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contactos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore para limpar os bebés e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".
Acho que é essa repugnância que às vezes me acomete diante da "civilização".
Acho engraçado ouvir que os índios eram incivilizados, porque, pelo que bem sei da cultura cristã, a superstição que trazemos na nossa cultura veio da Europa. Semana passada li num jornal a origem da expressão "vai tomar banho", que é um bom exemplo da nossa civilização primitiva diante dos colonizadores (achei essa explicação na internet, mas não encontrei a referência do autor):
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contactos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore para limpar os bebés e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".
Acho que é essa repugnância que às vezes me acomete diante da "civilização".
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