Sobre decepção
Estamos chegando nos quatro anos juntos. Para ele é a vida toda, para mim, uma vida completamente nova, das muitas que já vivi, a que se seguirá até o fim dos meus dias, o vínculo que estará comigo até o derradeiro dia, independente do que nos aconteça.
O começo foi assustador, depois deixou de ser, decidi aceitar tranquilamente aquilo que viria a me virar do avesso, superando dores de muitas vidas nessa mesma. E eu me senti amparada, amada. Quantas vezes falei disso para tanta gente.
Mesmo com os contratempos que as relações pessoais podem nos trazer, sentia confiança nos que me rodearam nesse novo momento.
Até que desabei, regurgitando dores do passado. Prostrei de ansiedade e pânico, pelas violências todas que sofri em tantos momentos e lugares diferentes. Um expurgo. Fiquei vulnerável, imaginei meu filho passando necessidade e desesperei, pedi ajuda. Pedir ajuda foi algo que aprendi nesse processo, depois de tanto sem confiar em ninguém, porque a vida sempre me jogava na lama nesses momentos. E vejam só, a vida não falhou dessa vez. Fui para a lama de novo.
Estou arrasada com isso. A confiança nas pessoas que eu demorei a voltar a sentir se foi completamente. Ando solitária e triste. Angustiada. Conseguindo superar sozinha a ansiedade e o pânico. Tentando ajustar as coisas para ficarmos bem, porque agora não sou mais eu só.
Mas essa decepção... ela provavelmente será uma marca eterna. Dói tudo em mim quando eu paro para pensar que confiei em pessoas que me viram vulnerável e nem hesitaram em me pressionar para abrir da única pessoa que foi capaz de me fazer abrir mão de muitos apegos, até de um tanto de dignidade, para não vê-lo desamparado.
Chegamos aos quatro anos, dois de saúde mental completamente debilitada em mim, pelo menos um desses anos pelo gatilho que essa decepção me provocou.
Não sinto (mais) rancor.
Esses afetos foram intensos e acabaram levando um pedaço de mim que agora me dedico a cuidar e recuperar.
O começo foi assustador, depois deixou de ser, decidi aceitar tranquilamente aquilo que viria a me virar do avesso, superando dores de muitas vidas nessa mesma. E eu me senti amparada, amada. Quantas vezes falei disso para tanta gente.
Mesmo com os contratempos que as relações pessoais podem nos trazer, sentia confiança nos que me rodearam nesse novo momento.
Até que desabei, regurgitando dores do passado. Prostrei de ansiedade e pânico, pelas violências todas que sofri em tantos momentos e lugares diferentes. Um expurgo. Fiquei vulnerável, imaginei meu filho passando necessidade e desesperei, pedi ajuda. Pedir ajuda foi algo que aprendi nesse processo, depois de tanto sem confiar em ninguém, porque a vida sempre me jogava na lama nesses momentos. E vejam só, a vida não falhou dessa vez. Fui para a lama de novo.
Estou arrasada com isso. A confiança nas pessoas que eu demorei a voltar a sentir se foi completamente. Ando solitária e triste. Angustiada. Conseguindo superar sozinha a ansiedade e o pânico. Tentando ajustar as coisas para ficarmos bem, porque agora não sou mais eu só.
Mas essa decepção... ela provavelmente será uma marca eterna. Dói tudo em mim quando eu paro para pensar que confiei em pessoas que me viram vulnerável e nem hesitaram em me pressionar para abrir da única pessoa que foi capaz de me fazer abrir mão de muitos apegos, até de um tanto de dignidade, para não vê-lo desamparado.
Chegamos aos quatro anos, dois de saúde mental completamente debilitada em mim, pelo menos um desses anos pelo gatilho que essa decepção me provocou.
Não sinto (mais) rancor.
Esses afetos foram intensos e acabaram levando um pedaço de mim que agora me dedico a cuidar e recuperar.
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