Quinze

E se vai mais um ano. O primeiro do meu pequeno, que eu vi crescer tanto nessa fase em que tudo acontece tão rápido. Do bebê que depende em tudo, ao que começa andar e quer conhecer o mundo e as pessoas. Tudo parece acontecer em câmera lenta e tão rapidamente ao mesmo tempo. Por dentro, essas mudanças passam da total ligação do início ao começo do entregar ao mundo aquele que não é meu.
Neste ano, decidi sair do trabalho que não me daria tempo para digerir esse processo todo. O que foi ótimo também por outro motivo: não acho que ficaria confortável em trabalhar no mesmo lugar no meio desse cenário político que passamos hoje (trabalhar com política tem dessas). Nada é por acaso, por mais medo que certos passos nos deixem.
Esse foi um tempo de remoer alguns rancores também, falei um tanto sobre eles, pensei mais ainda do que falei. A intenção é que certas dores diminuam e que fiquem para trás. Não rolou apenas ignorar e ir em frente, certas dores eram bem mais profundas do que eu pensei, outras decidi cutucar para ver se se vão mais rápido.
Fiz mais um zine, Cabelos - Volume II, virei colunista de quadrinhos e artes gráficas no MinasNerds, assessorei um filme lindo, Das Raízes às Pontas.
Foi um ano com muita coisa acontecendo, sei disso mesmo quando sinto que não e tenho dúvidas intensas sobre os passos que escolho a cada minuto. Estamos bem, é bom perceber isso. Agora, o dezesseis.