Humpf

Faz mais de um mês que eu escrevi este texto absolutamente antipático. Hoje, no meu primeiro dia de férias, comecei a pensar sobre o assunto de novo e decidi publicá-lo. Pode ser que as coisas sejam exatamente como eu disse no texto, pode ser que não. O que eu percebi hoje é que eu desisti, não quero mais, e essa é a minha parte de culpa no cartório.


Em terra estrangeira (uma novela sem fim?)


Entre os romanos, aja como os romanos. Mas e quando não se sabe como é que os romanos agem?
Eu brinco com isso cotidianamente, só que, de verdade, eu não sei até que ponto posso ir nessa minha vida estrangeira.
É muito difícil entender, mesmo depois de tantos anos, porque recebo atitudes tão agressivas em tom de brincadeira e simplesmente não posso fazer um comentário contundente sem causar escândalo.
O que sei de fato é que não sou pertencente. Este lugar, tão novo, ainda parece querer ser apenas um lugar de passagem, como supostamente foi planejado. Então não deveria haver os nativos, mas eles existem e se agrupam. E esses grupos são definitivos, todos os outros que chegam são agregações momentâneas (de horas mesmo) e , no máximo, se tornam um registro digital em alguma rede social, não muito mais que isso.
É claro que sempre há exceção a isso, mas esses se vão daqui também.
A sério, eu estou sentindo falta de uma interação real, espontânea, daquela que a gente tem apenas com amigos, porque o máximo que consegui até hoje foram contatos carentes com estrangeiros também recém-chegados aqui, que acabaram bem mal. Poderia ser um coleguismo com interesses em comum, para um café de vez em quando, que sempre rolou para mim, mas aqui...
Talvez seja isso mesmo, ou então apenas mais uma crise de carência. Apenas para registro, o tempo corre contra a opção número dois.
Ainda assim, continuarei interagindo, pois como eu também tenho dito de brincadeira, eu sou persistente.

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