Lindas Mulheres

Saí mais cedo do que o previsto na última quinta-feira e decidi dar uma passadinha na galeria da Caixa, pois já fazia tempo que eu não passava por lá.
Para minha grata surpresa, lindas fotos de Irina Ionesco, na abertura da exposição.
Muitas fotos do século XXI que parecem ser do início do século passado, um clima sombrio, nos lindos contrastes produzidos, quase sempre, sobre os corpos nus de lindas mulheres.
A exposição fica na Caixa Cultural de Brasília até o dia 11 de julho.


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O trabalho de Anna Bella Geiger também pode ser visto na Caixa (até o dia 4 de julho). São fotos sequenciais e experiências com fotografia e serigrafia, ou uma técnica que nunca tinha ouvido falar, a fotoserigrafia. Um trabalho divertido, mesmo com temática séria e crítica.


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Recentemente li o mais novo trabalho de Marjane Satrapi, Bordados. O quadrinho registra a conversa de um grupo de mulheres que relatam suas experiências sexuais no Irã. São várias gerações que contam, de maneira deliciosa, o quanto é difícil as mulheres serem donas do próprio corpo. Falar de sexo é importante, ainda mais para as mulheres.


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E por falar em quadrinho, minha mais nova aquisição é a biografia de Kiki de Montparnasse, do roteirista José-Louis Bocquet e da ilustradora Catel Muller.
Kiki teve uma infância pobre, o interior da França, e passou imensas dificuldades ao chegar em Paris, no início da adolescência. Até se tornar modelo dos principais pintores do início do século XX.
Uma mulher que decidiu ser dona da própria sexualidade e chegou a ser considerada "mais puta que as putas".
Seu relacionamento mais duradouro foi com o polêmico artista Man Ray.
Kiki poderia ser considerada uma mulher à frente do seu tempo, mas, de fato, mulheres como ela ainda não são bem vistas pela sociedade e ainda são consideradas por muitos "mais putas que as putas", com a vantagem, em relação ao tempo de Kiki, de ter na lei a garantia de seus direitos, mas que, muitas vezes, não são garantidos na prática.

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