Pedro de Lara la lala lalala la
Lembrança de infância: programa do Bozo (que achava muito melhor do que Xuxa na época) e os outros palhaços coadjuvantes. O mau humor do Salsi Fufu, personagem de Pedro de Lara, sempre me chamou a atenção no meio daquela comédia pastelão, bem no estilo Trapalhões, que eu também curtia.
Mas foi como jurado do Show de Calouros, do Silvio Santos, que Pedro de Lara era mais conhecido. Ele entrava no palco com aquela musiquinha que o Silvio cantava para todos os jurados e nos braços sempre um buquê de copos-de-leite ou lírios. Algo meio funesto, para dar o clima mórbido da espécie de personagem "ele mesmo" que fazia no programa. Era dos que sempre dava menos pros calouros, junto com a Araci de Almeida.
Antes disso ele tinha sido jurado do Chacrinha, ator de pornochanchada. Sua morte, na última quinta-feira, me fez pensar em um bom período da minha vida em que de alguma forma ele esteve presente.
Mais específicamente, lembrei de um domingo, ou sábado, não sei ao certo, em que andava com uma tremenda ressaca pelo centro de São Paulo, isso em meados da década de 1990. Naquele tempo a cidade era cinza e fria. As ruas estavam particulamente desertas ali pela altura da Santa Efigênia.
Eu estava com aquela ressaca e uma tremenda dor de cotovelo, somada à angústia adolescente que eu enfrentava. Ao virar uma esquina, dei de cara com aquele rosto familiar, que esteve presente desde muito tempo em minha vida.
Era o Pedro de Lara, que, com seu rosto sisudo, olhou para mim com um ar de "não diga que me reconheceu" e eu acabei passando direto sem falar nada. Mas, por conta do estado em eu estava, até hoje me pergunto: era o Pedro de Lara?
Na verdade nem sei se isso importa, foi a imagem dele que me fez parar de pensar no que me afligia naquele instante, sendo ele mesmo ou apenas alguém parecido. Fiquei triste ao saber que não será mais possível dar de cara com ele por aí de novo.
Um vídeo, no show de calouros:
Mas foi como jurado do Show de Calouros, do Silvio Santos, que Pedro de Lara era mais conhecido. Ele entrava no palco com aquela musiquinha que o Silvio cantava para todos os jurados e nos braços sempre um buquê de copos-de-leite ou lírios. Algo meio funesto, para dar o clima mórbido da espécie de personagem "ele mesmo" que fazia no programa. Era dos que sempre dava menos pros calouros, junto com a Araci de Almeida.
Antes disso ele tinha sido jurado do Chacrinha, ator de pornochanchada. Sua morte, na última quinta-feira, me fez pensar em um bom período da minha vida em que de alguma forma ele esteve presente.
Mais específicamente, lembrei de um domingo, ou sábado, não sei ao certo, em que andava com uma tremenda ressaca pelo centro de São Paulo, isso em meados da década de 1990. Naquele tempo a cidade era cinza e fria. As ruas estavam particulamente desertas ali pela altura da Santa Efigênia.
Eu estava com aquela ressaca e uma tremenda dor de cotovelo, somada à angústia adolescente que eu enfrentava. Ao virar uma esquina, dei de cara com aquele rosto familiar, que esteve presente desde muito tempo em minha vida.
Era o Pedro de Lara, que, com seu rosto sisudo, olhou para mim com um ar de "não diga que me reconheceu" e eu acabei passando direto sem falar nada. Mas, por conta do estado em eu estava, até hoje me pergunto: era o Pedro de Lara?
Na verdade nem sei se isso importa, foi a imagem dele que me fez parar de pensar no que me afligia naquele instante, sendo ele mesmo ou apenas alguém parecido. Fiquei triste ao saber que não será mais possível dar de cara com ele por aí de novo.
Um vídeo, no show de calouros:
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