E o dia é do trabalho
Tenho pensado muito sobre a relevância do trabalho. Isso mesmo, relevância, não importância.
A maior parte do trabalho realmente importante para a sobrevivência humana tem sido realizada, nesses tempos tecnológicos, pelas máquinas. A presença do homem no ambiente de trabalho não passa de apoio.
Indústria, agricultura, transporte, tudo feito por máquinas, que poderiam se virar com quase nenhuma presença humana.
Numa tentativa desesperada de ocupar seu espaço no ambiente de trabalho, já que ele não existe mais, o homem procura cada vez mais se tornar uma ferramenta importante para o grande mecanismo social.
E todos começam a falar a mesma linguagem, dos manuais de auto-ajuda, dos treinamentos em série que estão fazendo todo mundo estar falando igual.
Minha monografia para conclusão do curso de filosofia é sobre isso. A idéia equivocada de mundo objetivo, que faz com que tudo seja dominado pela da técnica.
A função do homem, aquela que sobrou para ele no meio disso tudo, é a de justificar, por meio do jornalismo, confortar, por meio das inúmeras seitas que aparecem todos os dias, conformar, por meio da psicologia, e treinar, por meio da educação.
Mas o trabalho, aquele que dignifica o homem, não existe mais. O homem agora está livre dele, por seu próprio mérito, mas ainda não sabe como lidar com isso e continua se achando essencial na tal cadeia produtiva.
Já citei, um pouco atrás, o Manifesto Contra o Trabalho, do Grupo Krisis (saiu no Brasil pela Coleção Baderna), que trata muito bem deste assunto. Mas quero citar agora o filme O Corte, de Costa-Gravas.
Um executivo perde seu emprego no ramo de produção de papel industrial. Como ficou três anos desempregado, decide inventar uma empresa fictícia com um emprego idêntico às suas qualificações para receber o currículo de seus concorrentes. E começa a matar um por um, para conseguir a única vaga interessante na área que apareceu depois de anos.
A carreira deste executivo está em extinção, com as inúmeras fusões do ramo do papel, mas ele acredita que só pode viver com um emprego na sua área, se não é a morte.
Me chamou em especial a atenção um momento em que acaba num terapeuta de casais, por insitência da esposa, e ele, o terapeuta, afirma: “você tem que entender que você não é o seu trabalho”.
É isso, nós não somos nosso trabalho. E o trabalho também não é.
A maior parte do trabalho realmente importante para a sobrevivência humana tem sido realizada, nesses tempos tecnológicos, pelas máquinas. A presença do homem no ambiente de trabalho não passa de apoio.
Indústria, agricultura, transporte, tudo feito por máquinas, que poderiam se virar com quase nenhuma presença humana.
Numa tentativa desesperada de ocupar seu espaço no ambiente de trabalho, já que ele não existe mais, o homem procura cada vez mais se tornar uma ferramenta importante para o grande mecanismo social.
E todos começam a falar a mesma linguagem, dos manuais de auto-ajuda, dos treinamentos em série que estão fazendo todo mundo estar falando igual.
Minha monografia para conclusão do curso de filosofia é sobre isso. A idéia equivocada de mundo objetivo, que faz com que tudo seja dominado pela da técnica.
A função do homem, aquela que sobrou para ele no meio disso tudo, é a de justificar, por meio do jornalismo, confortar, por meio das inúmeras seitas que aparecem todos os dias, conformar, por meio da psicologia, e treinar, por meio da educação.
Mas o trabalho, aquele que dignifica o homem, não existe mais. O homem agora está livre dele, por seu próprio mérito, mas ainda não sabe como lidar com isso e continua se achando essencial na tal cadeia produtiva.
Já citei, um pouco atrás, o Manifesto Contra o Trabalho, do Grupo Krisis (saiu no Brasil pela Coleção Baderna), que trata muito bem deste assunto. Mas quero citar agora o filme O Corte, de Costa-Gravas.
Um executivo perde seu emprego no ramo de produção de papel industrial. Como ficou três anos desempregado, decide inventar uma empresa fictícia com um emprego idêntico às suas qualificações para receber o currículo de seus concorrentes. E começa a matar um por um, para conseguir a única vaga interessante na área que apareceu depois de anos.
A carreira deste executivo está em extinção, com as inúmeras fusões do ramo do papel, mas ele acredita que só pode viver com um emprego na sua área, se não é a morte.
Me chamou em especial a atenção um momento em que acaba num terapeuta de casais, por insitência da esposa, e ele, o terapeuta, afirma: “você tem que entender que você não é o seu trabalho”.
É isso, nós não somos nosso trabalho. E o trabalho também não é.
Comentários