Olhar de criança

Quem é ou foi criança, tem consciência de que é possível ver o mundo com olhos diferentes. O tema foi recorrente para mim nas últimas semanas.
Assisti há pouco tempo ao filme Labirinto do Fauno (Guillermo del Toro, México/Espanha/EUA, 2006)em que uma criança cria um mundo de fantasias como alternativa à sua dura realidade de filha adotada por um militar franquista que tenta impedir o avanço do movimento revolucionário na Guerra Civil Espanhola. É na dor que a fantasia desta criança brota, com um mundo totalmente novo. Uma belíssima experiência.
As memórias de infância são também as mais marcantes no filme Depois da Vida (Hirokazu Koreeda, Japão, 1998), em que pessoas recém falecidas devem escolher apenas uma lembrança que será filmada por uma equipe do além e que será levada por toda eternidade.
Menos denso, mas também sobre o fabulário infantil é o divertido Deu a Louca na Chapeuzinho (Cory Edwards, EUA, 2005). Esse tradicional conto de fadas é desconstruído numa engraçada investigação policial. Animação em 3D, que tem personagens ótimos, como o bode cantor tirolês e o esquilo hiperativo.
É como eu sempre digo, o bom de ser adulto é poder comprar os próprios brinquedos. Porque é bom ser criança, ou ver o mundo como elas. Nem que seja só de vez em quando.

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