Gerson, eu?

Ando me sentindo meio perdida no meio de um mar de jeitinhos e de pessoas se aproveitando de circunstâncias para se autopromover, usando, inclusive, propriedade intelectual alheia sem dar os devidos créditos.
Isso parece ser mais normal do que a minha insistente preocupação em dar nomes aos bois, pois eu só quero colher louros das coisas que eu mesma faço, ou então me acharei a mais incompetente das pessoas.
Amargura de novo? Acho que não é isso, não dessa vez. O mundinho burocrático de projetos e de políticos profissionais deixa as pessoas cegas com o poder que chega a suas mãos. Daí é viajar Brasil afora com o dinheiro público, sem necessidade, ou então se recusar a pagar direitos autorais a quem os tem.
Esses pensamentos, sem conclusões, mas concluídos, ficam vagando pela cabeça e me deparo com esse belo texto do Marcelo Tas, que fala sobre egoísmo. Acho que é isso mesmo, egoísmo, que sobe à cabeça e faz o mundo parecer tão insignificante quando nos é dada uma parcelinha de poder sobre o que é dos outros.

"A doença incurável do egoísmo
Os senadores ACM e Epitácio Cafeteira são hóspedes do Hospital das Clínicas, aqui em São Paulo. Estão gravemente enfermos. Buscam, com toda razão, o melhor conforto possível.
Nessa hora difícil para eles próprios e suas famílias, é de uma melancolia profunda observar que o fato emite sinais eloquentes da vidas sofríveis que ambos tiveram como líderes políticos em seus estados. Ou não seria uma ironia que depois de décadas no governo de seus miseráveis rincões- Maranhão e Bahia- não tenham conseguido construir um só hospital digno de recebê-los para a cura do mal que os abate na velhice? Ou seria a tal enfermidade uma doença incurável chamada egoísmo?"

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